sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Terapia de Purificação Okada - TPO/ Terapia da Felicidade

Introdução
O ser humano e, por conseguinte a família e assim a sociedade como um organismo macro, sempre desejou ser feliz. Desde os primórdios da cultura humana que suas realizações, seus projetos e suas descobertas indicam um traço comum nessa direção. A própria formação das sociedades primitivas, pode-se supor que visava mesmo que indiretamente a felicidade como subproduto da argumentação principal que era a sobrevivência da espécie frente a inumeráveis riscos como as intempéries, os animais selvagens e os próprios semelhantes, concorrendo na disputa de territórios, alimentos, etc. As sociedades modernas têm encarado a felicidade como alvo principal de todo seu esforço, seu trabalho maior. Algumas nações desenvolvidas empregam seus recursos básicos neste fim, embora que muitas pessoas destes países estejam como as dos não desenvolvidos, se sentindo no inferno como o descrito por Dante Alligieri em seu livro A Divina Comédia, ou seja, numa infelicidade total.
Um dos meios mais poderosos que os povos civilizados vêm utilizando para alcançar a felicidade é a ciência, o método científico. Quando Newton descreveu as Leis da Física Clássica, foi visto pelos seus pares como o homem mais feliz do planeta, somente pelo feito teórico. Ao longo do tempo toda descoberta científica tem sido vista como mais um degrau para se alcançá-la. Estas descobertas, estes inventos, sem sombra de dúvida têm produzido muito conforto para seus usuários embora que também, muito mal estar e doença para os trabalhadores de suas indústrias e laboratórios de pesquisa. É inegável que a vida destes povos ficou mais dinâmica, mais confortável e assim são chamados de povo civilizado, embora que a maioria do planeta viva sem o emprego destas tecnologias. Isto acontece porque ainda somos semisselvagens ou semicivilizados do ponto de vista da evolução espiritualista, não compartilhando o dito desenvolvimento científico com toda a humanidade.
Este progresso cria para os adeptos da ciência clássica uma expectativa crescente de um dia quando dominarem totalmente a natureza e souberem tudo sobre ela, serão proporcionalmente mais felizes.
A Medicina Alopática, como uma das filhas da ciência clássica juntamente com sua irmã a Teoria Econômica clássica, tem assumido como legado esta promessa. Nesse sentido vem empenhando todo seu argumento, o esforço de seus pesquisadores, na tentativa de erradicar as doenças, inegavelmente o principal fator de infelicidade, pois mesmo com todos os recursos materiais, todos os alimentos na mesa, se a pessoa não tiver saúde, de nada adianta tê-los.
Inquestionavelmente a medicina acumulou um volume enorme de conhecimentos sobre as doenças, que analisados à luz da ciência clássica são perfeitos, está inteiramente perfilado com o método científico clássico a ponto de em laboratório, como se diz no jargão da ciência, “in vitro”, os experimentos com drogas resolverem praticamente todo problema ou, por exemplo, matarem as bactérias mais agressivas. Alguns cientistas ainda acreditam que falta pouco para terem o comando da vida nas mãos e assim a erradicação das “patologias”. Seria a “felicidade total”, a “qualidade total” decorrente deste tipo de pensamento, no caso clássico ou mecanicista derivado da filosofia materislista mecanicista.
Entretanto, nos primeiros anos do século XX surgiu a Física Quântica com o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg, a descoberta do comportamento estranho de algumas partículas componentes do átomo, a influência do observador nos experimentos quânticos e assim todo um conjunto de novos saberes capazes de gerarem um novo paradigma. A mudança do paradigma clássico para o paradigma quântico. Neste novo contexto também surgiu uma nova esperança. Um novo horizonte para os não alinhados ou não satisfeitos com os efeitos colaterais do paradigma anterior, como a promessa de cura das doenças de forma marcante após a descoberta das bactérias por Luís Pasteur, dos antibióticos por Alexandre Fleming, cujo emprego “in vivo” produz também sequelas e muitas vezes a morte daquele que esperava ficar curado. Os conhecimentos da física quântica permitem como o próprio Heisenberg, prêmio Nobel de física de 1932, descreve em seu livro Física e Filosofia, “de que a mecânica quântica reviveu o conceito aristotélico de potencialidade da física moderna.” Também em outra passagem afirmou:
A física moderna é (...) uma parte muito característica de um processo histórico que tende à unificação e à ampliação do nosso mundo presente (...) mediante a sua abertura a todos os tipos de conceito, ela dá esperança de que, no estado final de unificação, muitas tradições culturais diferentes possam conviver e combinar diversos empreendimentos humanos em um novo tipo de equilíbrio entre pensamento e ação, entre atividade e meditação. (HEISENBERG, 1999)
A física quântica é uma realidade demonstrada em laboratório, presente na tecnologia de ponta como os raios Laser (light amplification by stimulated emissions of radiation) e outras aplicações usadas em tecnologias de controle remoto, etc.
A consequência disso é que a rigidez do pensamento científico cartesiano, em casos como este, está cedendo lugar ao pensamento científico flexível, mais condizente com a tendência da educação realista de união dos saberes clássico, quântico e das humanidades, incluindo a espiritualidade, a meditação e enfim abrindo as portas para uma medicina mais humanizada e ou complementar e as alternativas nascentes de cada era.
A Física Quântica redescobriu Deus e dentro desta premissa é que devemos nos portar para realmente atender os seres humanos de acordo com a nova realidade comprovada de que ele é um ser complexo, quântico, imanente e transcendente ao mesmo tempo:
A conclusão deste experimento é radical. A consciência quântica que precipitou a causação descendente da escolha das possibilidades quânticas é aquilo que as tradições esotéricas espirituais chamam Deus. Redescobrimos Deus dentro da ciência. E mais: esses experimentos provocam um novo paradigma da ciência, baseado não no primado da matéria, como a velha ciência, mas sim no primado da consciência. (GOSVAMI, 2008, p 82).
Surgiram assim as Terapias Quânticas, como uma indicação da abertura para o mundo das energias mais sutis, somente detectadas por aparelhos totalmente desconhecidos pelos não alinhados com o novo paradigma quântico; os cíclotrons, aceleradores de partículas, etc.
Os meios utilizados pela visão clássica para obter informação e conhecimento são limitados pela percepção sensorial e pelo raciocínio analítico (lógico) com características mensuráveis. Por outro lado, a abordagem quântica engloba a abordagem clássica e as características não físicas: incerteza, não linearidade, complementaridade, integração, imprevisibilidade, complexidade, sincronicidade, atemporalidade, e a espacialidade. Além disso, essa abordagem trata os aspectos qualitativos como científicos, que são classificados como não científicos pela abordagem clássica.  (ARORA, 2007, p. 13).
Temos então uma tarefa nova de olhar para a maneira diferente com que alguns povos encaram o conceito de felicidade e de como resolvem reavê-lo quando a doença o perturba.
Edgar Morin, um dos filósofos mais ouvidos da atualidade, percebeu esta tendência desde quando escreveu “Ciência com consciência”, até em “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro” publicado pela UNESCO (MORIN, 2002), um dos setores das Nações Unidas responsável pela educação, bem como na coletânea de conferências temáticas reunidas no livro “Religação dos Saberes” (MORIN, 2002).
Mais próximo de nós encontramos as pesquisas do professor João Tadeu Andrade, doutor em antropologia médica e cultural com aprofundamento em medicina alternativa e complementar, que por sua seriedade certamente é uma contribuição positiva para a acreditação de novas maneiras de se manter e buscar a saúde como um bem-estar necessário e possível quando se amplia os conhecimentos para além do tradicional:
Diferentemente, na perspectiva das abordagens alternativas o ser humano deve ser visto como ser integral, não havendo barreiras entre mente, corpo e espírito... Deste modo, as terapias sinalizam para uma visão da saúde pensada em termos de bem-estar integral... (ANDRADE, 2006)
Surge então a tendência de se aceitar também na terapia, a união dos saberes e assim as terapias alternativas e complementares com a oficialização de algumas anteriormente vistas como descartáveis antes mesmo de um exame superficial pelos ditos donos do paradigma cientifico clássico, representados pelos conselhos de classe como o Conselho Federal de Medicina, que vem gradativamente autorizando seus membros praticarem essas medicinas alternativas, coma a Acupuntura e Homeopatia, através das Resoluções 1634/2002 e 1295/1989, respectivamente. (CFM, 2011)
A condição complexa do ser humano cada vez mais reconhecida como sua essência tem ajudado aos estudiosos da ciência a produzir argumentos também reconhecidos como certos da necessidade de que a busca da felicidade e no caso específico da saúde deve prever a inclusão também de métodos ou teorias complexas, fugindo-se da tradição mecanicista da descrição da vida, pois a espiritualidade já faz parte do ensino da ciência da saúde em grandes Universidades e nas pesquisas científicas sobre qualidade de vida, reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde- OMS:
Considerada a medida que faltava na área da saúde, a QDV é definida, segundo a OMS, a percepção do indivíduo , de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistema de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas ...como a espiritualidade (BATISTA, 2012, p 3)
Mokiti Okada, criador da Agricultura Natural e da Terapia de Purificação Okada, aprofundou os conhecimentos da espiritualidade como fundamental para se viver de forma mais tranquila de acordo com a nova ciência, nascente na primeira metade do Século XX:
Mesmo que se chegue a uma organização ideal, se o modo de pensar e agir de cada indivíduo estiverem errados, essa organização não poderá ser administrada com eficiência e o resultado, infalivelmente será a bancarrota. Portanto, a única forma de solucionar o problema é melhorar a natureza espiritual de cada indivíduo (OKADA, 1991, p 202).
Assim, poderemos vislumbrar um novo tempo, uma nova sociedade que por ter mais saúde terá mais disponibilidade para ser mais ativa mais participativa nas decisões importantes dos organismos administrativos de todos os recursos e permitir sua aplicação de forma mais compatível com a busca da felicidade para todos e não somente para as minorias privilegiadas. Será evitada uma tendência à desumanização da medicina, temida por todos os segmentos da sociedade incluindo o médico que nunca quis uma medicina mecanicista, utilitarista e mercantilista como alguns planos e empresas de pesquisa de saúde insistem em implantar:
Caso o leitor se tenha convencido de que a medicina é um fenômeno social e de que tudo que diz respeito às decisões no setor interessa a todos os cidadãos, podemos avançar para uma segunda argumentação. Urge compreender e posicionar-se sobre o fato de que a generalização da ideologia utilitarista e mercantilista no campo médico está em vias de produzir uma desumanização ou tecnificação importante do sistema como um todo e das práticas de cura em particular (MARTINS, 2003, p 33).
Terapia de Purificação Okada
A Terapia de Purificação Okada – TPO foi descoberta por Mokiti Okada, que viveu no Japão de 1882 a 1955. Mokiti Okada (FRANK, 2009) desenvolveu este invento a partir da busca da saúde perdida experimentando tudo que estava ao seu alcance, como a alimentação vegetariana, meditação, massagem, medicina alopática, etc. Contou com ajuda de amigos entre eles médicos, que na primeira metade do século XX ainda não contavam com os meios atuais, como os antibióticos por exemplo. Desenvolveu seu raciocínio a partir do estudo da filosofia oriental, da Teoria da Intuição de Henri Bérgson (França 1859-1941), do Pragmatismo Norte-americano de Charles Sanders Peirce (USA 1839-1914), propagado por William James (USA 1842-1910) e especialmente das Leis da Natureza, como os métodos de defesa natural como o processo inflamatório, a formação e eliminação de secreções e especialmente os fatores que os estimulam mais adequadamente, sem precisar voltar a se viver como os seres humanos primitivos. Nos primórdios de sua criação, recebeu outras denominações como Massagem no Estilo Okada, Terapia Japonesa e finalmente, Terapia de Purificação Okada. O Mestre Okada descreveu sua filosofia como uma nova ciência, uma ciência além da ciência e não como uma religião como os praticantes do Johrei leem nos livros reescritos por sua esposa e auxiliares após sua passagem para o Mundo Espiritual em 10 de fevereiro de 1955. Em virtude da Política Japonesa no após Segunda Guerra Mundial, ter aprofundado a ocidentalização do Japão, a Lei da Medicina editada nesse período limitou sobremaneira o avanço da TPO, deixando muitos praticantes confusos; o que gerou muitas dissidências na Filosofia Okadiana, a criação de varias Igrejas ministrando a Terapia de forma simplificada e com o nome de o Johrei, para fugir da perseguição das leis da medicina implantadas na época. Johrei significa literalmente purificação do espírito e assim, passou-se a divulgar que era “uma oração em ação e não uma terapia.”.
Somente após o reconhecimento da TPO pelo Instituto de Saúde dos Estados Unidos - NIH, como uma terapia bioenergética, é que ela ganhou fôlego para voltar a se expandir; e então entrou no rol das terapias complementares e atualmente nas terapias ditas integrativas.



TPO e a evolução da Ciência
Nos primórdios da existência humana as ações eram praticadas com base nos cinco sentidos ou na intuição, de maneira muito simples e por isto mesmo esse tempo é denominado de Era Primitiva.
Com o tempo, o conhecimento captado pelos cinco sentidos aperfeiçoou-se ganhando o nome de Ciência e os demais conhecimentos; de anticientíficos, que se transformaram ou foram agrupados com os anos em um conjunto de saberes ou práticas denominadas de superstição, pois ainda não tínhamos os modernos métodos da Ciência Qualitativa da atualidade, que utiliza a intuição em inúmeras pesquisas e alguns a usam como sinônimo de espiritualidade. Nesse contesto, as religiões e tudo que vinha da intuição incluindo o sentimento, perdeu status, e seus praticantes, as denominações mais variados, como feiticeiro, bruxa, curandeiro, rezador, pajé, etc. Isto faz parte do plano de desenvolvimento da humanidade e a luta entre as duas categorias de adeptos das duas correntes não foge a regra desta natureza. Tanto é que sempre vem aumentando a inteligência de ambos a ponto de hoje se reconhecer a espiritualidade decorrente da prática do Sentimento de Compaixão, como científica. (OMS/WHO).
A ciência descobriu ao longo da história as leis da Natureza e as vem empregando em benefício da humanidade, sempre com grande dificuldade em virtude de ser algo novo, desconhecido e exigir mudança de comportamento e atitudes no emprego prático destas descobertas. Isto é natural, pois nosso ser funciona exatamente assim: aprende com dificuldade e quando apreende o novo, pratica como se fosse algo natural, esquecendo ou fazendo os outros esquecerem que há poucos anos até matava os defensores dessa nova teoria. A descoberta do Heliocentrismo, antropocentrismo, da energia elétrica, eletromagnética e da Teoria Quântica, são apenas alguns exemplos, que geraram muito incômodos e até a morte de milhares de pessoas.
Assim como ainda existe pessoas que não acreditam no eletromagnetismo, na Teoria Quântica, não devemos estranhar o fato de muitos não acreditarem no poder do sentimento, no poder da oração, etc.
A quase totalidade das pessoas não consegue ver a Força da Natureza, como a Fotossíntese, que usa luz solar para transformar o CO², um gás tóxico, em alimento e ainda libera oxigênio, um gás vital para nossa existência, como uma ciência profunda, dado que nos é ensinado pela Ciência Clássica, como um fenômeno mecânico simples e não como um fenômeno quântico complexo.
A TPO é a utilização deste Poder da Natureza para transformar toxinas prejudiciais ao organismo em produtos inertes, que serão eliminados pelos órgãos excretores, especialmente os rins, cujo resultado é um organismo mais puro e mais forte, com mais força para continuar viver com mais saúde, eliminando as sujeiras prejudiciais pelos sistemas de defesa.
É deste modo que devemos enxergar a descoberta da TPO, dado que se trata de uma energia desconhecida da Ciência Clássica, mesmo tendo sido já comprovada em mais de 70 mil clientes, cientificamente pelos pesquisadores da Mokiti Okada Association – MOA. Seu descobridor, Mokiti Okada, a descreveu como sendo A Força da Criação, ou Força Espiritual, ou Raios Cósmicos Misteriosos, emitidos pelo Criador do Cosmos.
Funciona muito parecido com a energia quântica usada nos controles remotos e ao mesmo tempo como a energia do sentimento de compaixão. Também parece com a energia das plantas que respondem ao amor no trato para com elas e ao alimento gostoso feito com muito sentimento para agradar.
Assim como os programas de televisão que estão disseminados pela atmosfera e para serem vistos precisam ser captados por um aparelho de TV, a TPO precisa do distintivo da MOA que capta essa energia misteriosa e quando se empunha a mão, é transmitida para o recebedor. A diferença é que Mokiti Okada, descobridor da TPO, caligrafou a palavra Hikari (Luz em japonês) impregnando-a com sentimento de compaixão profundo de salvar toda a humanidade, conjugando a inteligência das Ciências Clássicas de uso de energias mensuráveis por aparelhos mecânicos, com a Ciência das Humanidades, que inclui a intuição como sinônimo de Sentido Espiritual (Espiritualidade) e colocando-a dentro de uma medalha ou distintivo MOA.
Por isso que o ministrante da TPO precisa apreender o conhecimento da nova Ciência do Sentimento e a usar o distintivo da MOA como se usa os aparelhos de energia quântica ou quantizada, acrescido do sentimento de compaixão. Caso faça imposição de mãos sem o distintivo da MOA, estará transmitindo apenas energia do seu sentimento e não o irradiado da palavra Luz (Hikari).
Concluindo, como se trata de algo novo, desconhecido e não captado pelos cinco sentidos, sua aprendizagem requer mais que um simples conhecimento de informações como se fosse a descoberta da energia elétrica, por exemplo. Será preciso o Ensino Vivo, que significa ensinar com compaixão a sua prática e sobre o uso do distintivo MOA para que a humanidade passe a aceitar este novo paradigma, evitando-se as guerras do passado quando se impôs o novo através da espada.
Após a passagem do Mestre Okada para o Mundo Espiritual em 10 de fevereiro de 1955, a maioria dos adeptos da Terapia Okada transformaram-na em oração em ação com o nome de Johrei e sua aplicação em vez de terapeutas passou a ser executada por membros de uma nova religião. A Sekai Kyusei Kyo, que em português foi traduzida para Igreja Messiânica Mundial.
Os benefícios da TPO e do Johrei, em alguns casos são semelhantes, mas a TPO é diferente, pois é praticado como Ciência, pelos pesquisadores e voluntários da MOA. Os terapeutas da MOA fazem uma verificação dos pontos para definir um plano de aplicação da terapia e acompanham a evolução da manifestação dos resultados passo a passo, cientificamente. O ministrante de Johrei, mais conhecido como uma oração em ação é praticado pelos adeptos das religiões, fundadas pelos conhecedores da Filosofia de Mokiti Okada precisam apenas seguir a evolução espiritual/religiosa de suas “ovelhas”. Historicamente, estas religiões são muito importantes, porque sustentaram o legado do Mestre Okada, até o reconhecimento da Terapia pelos cientistas do NIH. Os dois métodos estão crescendo e vêm conquistando cientistas no seu estudo, como o caso de Oliveira, em sua dissertação de mestrado em ciências na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que cita:
O Johrei é uma prática de impostação de mãos, descrita por Mokiti Okada, no Japão, vinculada à igreja messiânica. Seus praticantes acreditam que através da impostação de mãos sobre o corpo de uma pessoa energias invisíveis podem provocar alterações tanto no físico quanto no emocional e espiritual.  (OLIVEIRA, 2003)
Por ser um método não invasivo e muito fácil de aplicar, seu avanço já chegou a muitos países.  A TPO vem sendo aceita gradativamente em várias nações como uma terapia científica e aplicada pelos Voluntários da MOA. Já o Johrei em alguns deles é aplicado pelas Associações de Johrei e nos demais como o Brasil, pelos adeptos das igrejas como a Igreja Messiânica, Toho no Hikari, Luz do Oriente, etc. embora que esses adeptos façam intercâmbios entre ambos, como descritos pela doutoranda Regina Yoshie Matsue da Universidade de Tsukuba – Japão, disponível na home-page da PUCSP:
Com intuito de escapar do discurso religioso tradicional, a Igreja Messiânica está buscando adaptar-se à espiritualidade da nova era. Enfatizando Johrei como terapia alternativa e Okada, para os australianos, é apresentado como um terapeuta, diferente da versão brasileira onde ele é reverenciado como um messias ou líder religioso. "Johrei é uma arte terapêutica desenvolvida por Mokichi Okada, terapeuta japonês" (panfletos da Igreja Messiânica distribuídos na Austrália). (MATSUE, 2011)
Recentemente um médico da Universidade de São Paulo – USP, publicou pesquisa com o Johrei, disponível na home-page da Associação Brasileira de Medicina Complementar - ABMC:
 ... Um estudo feito pelo HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo e pela Universidade do Arizona (EUA) apontou que o johrei - técnica milenar praticada na medicina oriental- pode ajudar pacientes cientes de que sentem fortes dores no peito, mas que não apresentam nenhuma doença que justifique as queixas de dor... Segundo o gastroenterologista do HC Tomás Navarro Rodrigues, o johrei mostrou-se eficaz em 90% dos casos avaliados. A pesquisa envolveu 40 pacientes com dores torácicas não-cardíacas, com idades entre 50 e 75 anos. (RODRIGUES, 2011.)
Vale salientar um adendo importante com relação a variante Johrei, praticado pelas Associações de Johrei e por membros de várias Igrejas. O praticante da TPO aprende já no Curso Básico de formação de Terapeutas da MOA, a tomar consciência dos resultados, minuto a minuto, de cada mudança provocados pela atuação da Terapia, nos pontos estudados nas aulas de TPO e redireciona a mão para onde a técnica do Mestre Okada lhe ensinou; os ministrantes de Johrei, não são treinados para aplicar esta tecnologia.
A Terapia de Purificação Okada assim como o Johrei visa a eliminação das impurezas do organismo inclusive as produzidas pelos pensamentos, antes de causarem lesão física, fortalecendo o organismo na sua essência, bem como a eliminação de toxinas que produziram e estão produzido doenças, em todos os estágios.
Sua aplicação pode ser concomitante aos outros métodos terapêuticos e consiste apenas na imposição da mão por uma pessoa portadora do distintivo outorgado pela MOA, em qualquer local que o paciente esteja, como emergência, enfermaria ou residência. No caso do ministrante de Johrei, o distintivo é outorgado por um dirigente de uma das Igrejas citadas. Este distintivo contém em seu interior a palavra hikari, que significa luz em japonês, escrita em papel pelo descobridor, dentro dos postulados das artes japonesas, que valoriza as caligrafias com significado importante, como instrumento de grande valor, na elevação da espiritualidade.
O Método Científico vem incluindo as situações inusitadas do novo paradigma quântico, já previsto por cientistas como Rupert Sheldrake (SHELDRAKE, 1995) entre tantos outros, A TPO certamente faz parte do rol de métodos nascentes e necessários para preencher os vazios existentes na complexa teia da vida, incluindo-se na Portaria 971 de 03/05/2006 do Ministério da Saúde, que define a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. (BRASIL, 2011) Nesse caso a TPO e o Johrei, funciona como um método de incrementar felicidade independente de outros métodos que estão sendo empregados para tratar a doença em curso.
Conclusão
A TPO visa especialmente diminuir o sofrimento humano para que os beneficiados voltem para um estágio de vida plena de saúde e assim repleta de felicidade. A  felicidade de pessoas que estão desejando algo novo e sem danos adicionais como as reações adversas causados por substâncias químicas artificiais ou naturais, procedimentos invasivos de risco, etc. Também tem a pretenção de cooperar com a ampliação da consolidação da implantação da Portaria Ministerial 971, acima citada, fazendo parte dessas terapias.
Os autores deste artigo sentem de maneira profunda que a união dos praticantes de ambos os métodos, está acontecendo gradativamente baseado da previsão do Mestre Okada que falava: “Quem deseja ser feliz, trabalha para o bem da sociedade, positivamente”. Isto é o ideal, pois seres humanos quando estão sofrendo de doença, querem voltar à saúde independente do método de cura, contanto que não lhe impingem mais sofrimento. A compaixão vencerá as barreiras do passado e assim a TPO será cada vez mais, instrumento em prol da felicidade de todos.
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Contato dos autores: josebetiene@gmail.com
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